Cláudio Tozzi


Cláudio José Tozzi
Pintor pós-moderno
São Paulo, 1944

Arquiteto e Mestre em arquitetura pela «Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo», inicia-se artisticamente como um pintor figurativo influenciado pela «pop art americana» (Roy Litchtenstein), e refletia os aspectos político-sociais das décadas 1960 - 1970 (Guevara; Vivo ou Morto). Em 1971, de volta de sua primeira viagem de estudo pela Europa apresenta sua primeira exposição individual e em 1975 a Associação Brasileira de Críticos de Arte lhe concede o premio de «Viagem ao Exterior». 

É o autor de muitos painéis em espaços públicos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Tem participado de inúmeros eventos artísticos; tais como: a «Jovem Arte Contemporânea», no MAC/USP em 1967, 1968 e 1970; que assinala um ponto importante de sua carreira; a «Bienal Internacional de São Paulo» em 1967, 1968, 1977 e 1991; o «Panorama de Arte Atual Brasileira», no MAM/SP, nas edições de 1971 e 1983; e a «Bienal de Veneza», com sala especial no Pavilhão Brasileiro, em 1976.

É um pintor do nosso tempo que através de «Guevaras, histórias em quadrinhos e «parafusos metamorfoseando-se em degraus, degraus em torres ou faróis, em total desequilíbrio» nos conduz através de sua obra para o trinômio forma, linha e cor, e depois, forma e cor; percorrendo o caminho da figuração à abstração. Foi a forma que escolheu para nos retratar a pós-modernidade; enquanto idéia, experiência cultural e até mesmo condição social. A crença de que o período que caracterizou a busca de um mundo racionalizado - de 1789 a 1989 - deu origem à pós-modernidade, é contestada por aqueles que indicam que esta nasceu em 15.07.1972, quando se iniciou o desmantelamento do Conjunto Habitacional Popular de Pruitt-Ioge (St. Louis) concebido e construído seguindo as teorias das moradias populares enunciadas pelo arquiteto suíço Le Corbusier o qual seguia o «princípio das máquinas de habitar»... o apogeu da ciência transformada em tecnologia aplicada.

O próprio conceito da pós-modernidade que prenuncia «A perda de confiança no conhecimento moderno e no seu conseqüente progresso» resultando portanto numa busca de novas bases, valores ou novos conceitos de vida, no passado ou em outras culturas, pode ser uma das razões que o levaram a não se filiar a nenhuma corrente estética ou programática. Veio depois do concretismo, conseguiu ultrapassar a pura expressão geométrica para representar, em etapas posteriores, quanto o contato com o real tornava-se mais difuso. Representou «pesquisas ópticas» e «séries como a dos parafusos», gravuras e móbiles; em suma, objetos da era tecnológica. Diria que deu forma e cores a Jean Baudrillard e Jean-François Lyotard

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