Agricultura na Ásia e Suas Diferenças Regionais e Setoriais


Agricultura na Ásia e Suas Diferenças Regionais e Setoriais



Se o Brasil é considerado como detentor da maior biodiversidade no mundo, o grande continente asiático apresenta acentuadas diferenças nas agriculturas praticadas nas suas variadas regiões. OValor Econômico publicou um artigo de Michiyo Nakamoto, do Financial Times, falando das dificuldades dos pequenos produtores de arroz do Japão, que devem se acentuar com as negociações que estão se efetuando no TPP – Transpacific Partnership Agreement. A agricultura japonesa ainda detém um expressivo poder político pelo sistema de voto distrital do Japão, mas sua importância econômica é declinante, deve ceder maior espaço as conveniências dos demais setores da sua economia.
Mas, considerando-se o conjunto da agricultura asiática, existem alguns países onde as dimensões das explorações agrícolas são de porte médio maior, e que, auxiliado por intensivas pesquisas, permitem que algumas de suas produções sejam competitivas internacionalmente. Mesmo no Japão, muitas sofisticadas produções efetuadas em “vinil houses”, para produtos de alta qualidade e valor de mercado, podem competir com os importados, pois alguns consumidores destacam suas diferenças de sabor. Nos mercados japoneses, notam-se as amplas diferenças de preços de cogumelos, algas, frutas, flores e algumas produções onde a escala não seja tão significante quanto à qualidade.
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As produções de escala empresarial feitas em algumas partes do mundo conseguem custos expressivamente baixos para produtos agrícolas. Na China e no Sudeste Asiático, mesmo que as dimensões das explorações não sejam tão grandes, as tecnologias que adquiriram permitem o atendimento da demanda de suas astronômicas populações e até atender parte do mercado externo. No Japão, chega-se a estimar em 70% os vegetais e outros alimentos provenientes da China, que só eventualmente demandam volumosas produções agrícolas no mercado internacional, como os destinados às rações dos seus animais e aves.
Com o desenvolvimento que veio ocorrendo nas últimas décadas na Ásia, com a melhoria do padrão do consumo de alimentos, há que se admitir que o desenvolvimento tecnológico que ocorreu no seu setor rural foi surpreendente.
E ainda, como agravante, a mão-de-obra básica que vem permanecendo nas atividades agrícolas é de idosos, pois os jovens preferem atividades industriais ou de serviços, provocando uma acentuada migração em muitos países asiáticos. Quando se pretende preservar a forma de vida rural, como na França, acaba-se necessitando de um forte subsídio ou produções diferenciadas e apreciadas, como os muitos queijos e outros produtos de pequenos produtores rurais.
As pesquisas continuam sendo fundamentais também para as atividades agrícolas asiáticas, com a melhoria dos vegetais, das frutas, cogumelos e flores, cada vez de melhor qualidade que alcançam valores expressivos. Os sistemas de comercialização também acabam sendo diferenciados, tanto nas embalagens como no seu semipreparo, visando agregar valor no nível dos produtores, que obtêm no máximo 20% do que é pago pelos consumidores.
Em muitas localidades do mundo, preservam-se as feiras onde os produtores podem colocar seus produtos diretamente para os consumidores, visando reduzir as intermediações, mas acabam sendo pouco expressivas em quantidade, quando considerado o total consumido em qualquer país.
Parece que se trata de um dos grandes dilemas atuais da humanidade, que procura preservar a qualidade de vida sobre a qual existem visões diferentes
Se o Brasil é considerado como detentor da maior biodiversidade no mundo, o grande continente asiático apresenta acentuadas diferenças nas agriculturas praticadas nas suas variadas regiões. OValor Econômico publicou um artigo de Michiyo Nakamoto, do Financial Times, falando das dificuldades dos pequenos produtores de arroz do Japão, que devem se acentuar com as negociações que estão se efetuando no TPP – Transpacific Partnership Agreement. A agricultura japonesa ainda detém um expressivo poder político pelo sistema de voto distrital do Japão, mas sua importância econômica é declinante, deve ceder maior espaço as conveniências dos demais setores da sua economia.
Mas, considerando-se o conjunto da agricultura asiática, existem alguns países onde as dimensões das explorações agrícolas são de porte médio maior, e que, auxiliado por intensivas pesquisas, permitem que algumas de suas produções sejam competitivas internacionalmente. Mesmo no Japão, muitas sofisticadas produções efetuadas em “vinil houses”, para produtos de alta qualidade e valor de mercado, podem competir com os importados, pois alguns consumidores destacam suas diferenças de sabor. Nos mercados japoneses, notam-se as amplas diferenças de preços de cogumelos, algas, frutas, flores e algumas produções onde a escala não seja tão significante quanto à qualidade.
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As produções de escala empresarial feitas em algumas partes do mundo conseguem custos expressivamente baixos para produtos agrícolas. Na China e no Sudeste Asiático, mesmo que as dimensões das explorações não sejam tão grandes, as tecnologias que adquiriram permitem o atendimento da demanda de suas astronômicas populações e até atender parte do mercado externo. No Japão, chega-se a estimar em 70% os vegetais e outros alimentos provenientes da China, que só eventualmente demandam volumosas produções agrícolas no mercado internacional, como os destinados às rações dos seus animais e aves.
Com o desenvolvimento que veio ocorrendo nas últimas décadas na Ásia, com a melhoria do padrão do consumo de alimentos, há que se admitir que o desenvolvimento tecnológico que ocorreu no seu setor rural foi surpreendente.
E ainda, como agravante, a mão-de-obra básica que vem permanecendo nas atividades agrícolas é de idosos, pois os jovens preferem atividades industriais ou de serviços, provocando uma acentuada migração em muitos países asiáticos. Quando se pretende preservar a forma de vida rural, como na França, acaba-se necessitando de um forte subsídio ou produções diferenciadas e apreciadas, como os muitos queijos e outros produtos de pequenos produtores rurais.
As pesquisas continuam sendo fundamentais também para as atividades agrícolas asiáticas, com a melhoria dos vegetais, das frutas, cogumelos e flores, cada vez de melhor qualidade que alcançam valores expressivos. Os sistemas de comercialização também acabam sendo diferenciados, tanto nas embalagens como no seu semipreparo, visando agregar valor no nível dos produtores, que obtêm no máximo 20% do que é pago pelos consumidores.
Em muitas localidades do mundo, preservam-se as feiras onde os produtores podem colocar seus produtos diretamente para os consumidores, visando reduzir as intermediações, mas acabam sendo pouco expressivas em quantidade, quando considerado o total consumido em qualquer país.
Parece que se trata de um dos grandes dilemas atuais da humanidade, que procura preservar a qualidade de vida sobre a qual existem visões diferentes

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